Mulher acusa inspetor de se aproximar dela por trás, colocar as mãos em seus ombros e ‘beijar seu pescoço’ no serviço. Vítima está recebendo “suporte”. Corregedoria da Guarda Civil Municipal apura conduta dele. Reportagem não localizou sua defesa.
A Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, afastou um inspetor da Guarda Civil Municipal (GCM) após ter conhecimento de uma denúncia de assédio sexual contra ele.
Uma guarda-civil acusa o inspetor de se aproximar dela por trás, colocar as mãos em seus ombros e “beijar seu pescoço” durante o trabalho. A Corregedoria da GCM ainda investiga o homem por causa da acusação da acusação de assédio.
A mulher também foi afastada do serviço, mas para receber “suporte” que garanta sua “segurança e bem-estar”, de acordo com a prefeitura (leia abaixo a nota da administração sobre o caso).
A vítima registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o inspetor. O homem é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado.
“Maiores detalhes serão preservados por se tratar de ocorrência de natureza sexual”, informa nota divulgada pela pasta da Segurança. Em caso de condenação na Justiça, a pena para crime de assédio sexual pode ser de um ano a dois anos de reclusão.
A reportagem tenta localizar o inspetor e sua defesa para comentarem o assunto. O homem responde a acusação em liberdade.
A vítima tem 53 anos e trabalha numa sala da Central de Operações da GCM. Segundo a mulher, o inspetor cometeu o crime outras vezes com ela. A última vez ocorreu na quinta-feira (27) passada. A guarda também contou que o homem também assediou sexualmente “outras colegas” no serviço.
Ainda de acordo com a vítima, outras guardas-civis tinham “receio” de denunciar o homem pelo fato de ele ser inspetor da GCM. E que, por esse motivo, se calavam quanto aos assédios cometidos por ele.